Deixa eu transpirar mais um
pouco! Não venha me falar sobre discursos, cerimônias, padrões ou qualquer
imposição regrada por essa sociedade que busca uma felicidade utópica em meio a
sucessos fantasiosos. Por isso, deixe-me respirar! Não me fale sobre qual
direção devo seguir ou quais palavras devo usar, as ilusões, disfarçadas em sonhos, já
fazem muito bem isso por todos nós. Qual parâmetro? Com qual intensidade? Para
onde e por qual motivo? Realmente é necessário fazer perguntas do tipo? Chega
de controvérsias! De hoje em diante devemos seguir o próprio ego de nossa
discórdia interior, sem reflexos de uma educação cheia de artigos ou incisos de
uma recalcada república. Passos forjados, vida ludibriada! Entre noites
insolentes adentro, meio cambaleante e desacordado, vejo-me segurando na mão da
hipocrisia alheia, nesse mundo enrustido de poesias narcisistas, mulheres
vendidas e perdidas dentro do próprio corpo e homens sangrando pelo poder sobre
a corroída miséria que mata 1 em cada 1 habitante dessa organização banalizada
e prostituída. É necessário escutarmos, vermos ou sentirmos a dor da perda para
darmos valor ao que nós mesmos criamos?! Que ultrajante, viver e não ser
vívido! Por essas e outras, por favor, deixe-me dar ao menos um último
suspiro...cansado eu continuo da mesmice vulgar e violento ambiente dentre séculos que sobrevivemos. Puxa, não há mais tanto tempo! Mas com o pouco que resta vou tentar não
ficar tão ofegante...respiremos, ainda que o ar esteja poluído!
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