Talvez o pé esquerdo, ao acordar pela manhã, não seja o culpado. Talvez o trevo de quatro folhas não passe de uma planta fadada a ser arrancada da terra onde brota, por ser apenas um símbolo de sorte para o homem. E assim, enumera-se uma lista de itens, cada um com certo grau de crença, como a ferradura, pé de coelho, talismãs, moedas ou até bonecos de elefantes feitos para trazer algum tipo de sorte, quiçá ao menos para evitar o insucesso. Contudo, com ou sem conspirações, pode-se evitar muitos dos reveses inglórios com a simples atitude de ignorar aquilo que não faz bem ou, meramente, focar em tudo que amplifica a motivação e dignifica o ego. Dessarte, a dicotomia, como em qualquer ocasião, só é válida se existir uma oposição que, nessa ocasião, resume-se a acreditar no azar para crer que existe a sorte ou vice-versa.
domingo, 18 de outubro de 2015
domingo, 16 de agosto de 2015
GREEN SCHOOL FROM BALI
Nada da rigidez do concreto armado, nem muito menos das pesadas peças metálicas que compõem as estruturas contemporâneas das grandes construções, a inovação na escola de John Hardy, na Indonésia, começa pelo bambu, cuja alta resistência à flexão e leveza conferem uma estrutura à prova de abalos sísmicos na região. Entretanto, o grande potencial da escola está no ensino da preservação e na prática da sustentabilidade. Esse exemplo mostra a esperança que talvez a humanidade ainda conserve em uma jornada contra a extinção provinda de uma provável bomba-relógio da Mãe Natureza.
domingo, 9 de agosto de 2015
POESIA, POR QUÊ?
Por que descrever e transfigurar a realidade, quando acha que a única opção é aceitar o que vê sob uma neblina infame de um dia monótono? Sem delongas e tantos disparates, segue abaixo....
Vídeo retirado do filme "SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS".
"Ó eu! Ó vida!
Das perguntas que
se repetem,
Da sucessão
contínua dos sem fé,
Das cidades
repletas de tolos.
Da constante
censura a mim mesmo.
Pois quem é mais
tolo que eu, e quem mais infiel?
Dos olhos que em
vão almejam a luz.
Das coisas
desprezíveis.
Do esforço sempre
renovado.
De todas as
infelizes consequências.
Das multidões
sórdidas e laboriosas ao meu redor.
Dos anos fúteis e
vazios dos que restam, e o resto de mim que a eles se entrelaça.
A pergunta, ó eu!
Tão triste,
repete-se…
…o que há de bom em
meio a tal, ó eu, ó vida?
Resposta.
Estás aqui.
A vida existe, e a
identidade.
O enorme espetáculo
não para.
E sempre podes
oferecer-lhes um verso.
‘Ó eu! Ó vida!’"
BY: WALT WHITMAN
segunda-feira, 13 de abril de 2015
FILOSOFIA EM "O MUNDO DE SOFIA"
O Mundo de Sofia é, sem dúvida, o livro que, além de relatar as diversas frentes da filosofia, provoca no leitor uma forte reflexão sobre o sentido da existência desde a concepção de Sócrates até a contemporaneidade na psicanálise de Freud. Decerto, seria apenas um romance com uma trama cuja protagonista, denominada Sofia, é envolvida por aulas de filosofia, do início ao fim, por um homem de meia idade chamado Alberto Knox que, por entre histórias e observações práticas, tenta envolver a menina em pensamentos existenciais e materialistas à luz das variadas doutrinas e teorias filosóficas. Porém, em certo ponto, o autor provoca indagações sobre a verdadeira existência das personagens, no qual, de uma forma irônica, envolve o leitor nas aulas do professor Knox e na criação do próprio livro pelo então soldado da ONU, Albert Knag, para presentear a filha Hilde pelos 15 anos de vida.
Isso tudo transforma a obra de Jostein Gaarder em uma magnífica história, principalmente quando o leitor descobre que, mesmo sem a capacidade de interferir na trama, é o verdadeiro ser onipresente por trás de todo o desenrolar filosófico, mas....até que ponto? (Ironia Socrática)
Segue o poema que fora transcrito do livro para refletir toda a concepção supracitada:
What if you slept ...
"What if you slept
And what if
In your sleep
You dreamed
And what if
In your dream
You went to heaven
And there plucked a strange and beautiful flower
And what if
When you awoke
You had that flower in you hand
Ah, what then? "
Samuel Taylor Coleridge
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
DIVAGANDO
Algum tempo em silêncio e o escárnio de palavras transcorrem sob um fluxo tempestuoso e incessante de ideias, momentos e devaneios. Em vão?! Nenhum momento paramos para saber se é em vão nossas atitudes...apenas fazemos. Deixamos-nos transcorrer sobre uma linha contínua e itinerante da vida, pensando em várias perspectivas julgadas pelos padrões da época. Porque assim, sobrepujados pelos espasmos inquietantes que sufocam nosso subconsciente, em alguns segundos de divagação, caminhamos à deriva, saindo do delineamento que nos foi imposto e tentando descobrir, de uma forma incontestável, o real sentido de tudo.
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